Os peixes anádromos utilizam as bacias hidrográficas para se reproduzirem, efetuando depois uma migração trófica em direção ao mar, onde crescem. Em Portugal, a lampreia-marinha (Petromyzon marinus, L.) e o sável (Alosa alosa, L.) são as espécies anádromas com maior valor socioeconómico, exploradas comercialmente pelas comunidades ribeirinhas ao longo de séculos. Existem outras espécies como a savelha (Alosa fallax, Lacepède, 1803), o salmão do Atlântico (Salmo salar, L.) e a truta-marisca (Salmo trutta, L.) que, quer seja pelo reduzido tamanho que atingem, ou por uma distribuição circunscrita apenas a algumas bacias hidrográficas e associada a reduzido efetivo populacional, não constituem um recurso passível de ser explorado comercialmente. São, no entanto, espécies com elevado valor conservacionista, protegidas por regulamentação nacional e internacional.

Este projeto pretende implementar um programa de monitorização e gestão da pesca dirigida aos peixes anádromos, através do restabelecimento e manutenção das populações acima dos níveis capazes de originar o Rendimento Máximo Sustentável